Pelotas reduz em 65% o abandono do tratamento de tuberculose com telemonitoramento.

A cidade de Pelotas, localizada no Rio Grande do Sul, encontrou no telemonitoramento uma solução eficaz para enfrentar os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 nas ações de controle da tuberculose (TB). Desde julho de 2022, a Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas implementou um inovador sistema de monitoramento por telefone, que já realizou mais de 1.100 atendimentos, fortalecendo a adesão ao tratamento e humanizando a atenção aos pacientes.
O projeto conta com a atuação de uma equipe formada por uma enfermeira e seis estudantes de enfermagem, responsáveis por realizar contatos telefônicos semanais com os pacientes. Esses teleatendimentos têm o objetivo de fornecer orientações essenciais, identificar possíveis eventos adversos causados pelos medicamentos e incentivar a continuidade do tratamento, reduzindo significativamente o abandono do mesmo.
Esses resultados positivos são fruto de uma parceria estratégica entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e a Companhia de Informação de Pelotas (Coinpel). Juntos, desenvolveram um sistema eletrônico de monitoramento que registra importantes dados clínicos e comportamentais dos pacientes, como sintomas apresentados, histórico clínico, resultados de baciloscopias e avaliações de contatos familiares.
O sucesso desse projeto também se refletiu nos números: desde sua implantação, houve uma redução de 65% na taxa de abandono do tratamento. Em termos absolutos, a interrupção passou de quatro casos mensais para apenas um. Além disso, a iniciativa reduziu significativamente os custos e a necessidade de deslocamentos dos pacientes ao serviço de saúde, proporcionando maior conforto e segurança aos usuários.
Além do impacto clínico direto, o telemonitoramento possibilitou uma aproximação da equipe de saúde não só com o paciente, mas também com familiares e contatos próximos, reforçando uma abordagem integral e humanizada da saúde. Para garantir a qualidade e a eficiência desse serviço, um protocolo específico foi desenvolvido com o suporte acadêmico da UCPel, destacando a importância de cuidados relacionados ao sono, saúde mental e alimentação adequada para uma recuperação completa.
A inovação não para por aí. Pelotas já se prepara para o próximo passo tecnológico: a implementação do Tratamento Diretamente Observado (TDO) via chamada de vídeo. Esta estratégia, ainda em fase de testes, promete ampliar ainda mais o acesso e a eficácia do tratamento para pacientes com dificuldades específicas de adesão.
Dessa forma, Pelotas demonstra como a tecnologia, aliada à colaboração entre gestão pública, academia e comunidade, pode transformar desafios em oportunidades reais de melhoria da saúde pública.
Fonte: EXPERIÊNCIAS EXITOSAS EM TUBERCULOSE – Iniciativas pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública, 1ª edição revisada, Ministério da Saúde, Brasília – DF, 2024.
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